A saúde mental dos trabalhadores tem se tornado um tema crucial, especialmente diante das pressões profissionais e do aumento do estresse causado pela insatisfação. De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, em parceria com a Question Pro, apenas quatro em cada dez trabalhadores brasileiros declaram satisfação com seus empregos.
De acordo com a psicanalista Kelly Santos, a insatisfação no ambiente de trabalho é um fator significativo que contribui para o aumento do estresse e outras questões de saúde mental. Ela lista ações que podem melhorar a sensação de insatisfação:
- Conhecer a si mesmo: Saber o que te faz feliz e o que te irrita é essencial. Se você precisa de silêncio para se concentrar, negocie um espaço tranquilo, como um cantinho zen com plantas.
- Buscar apoio psicológico: Fazer psicanálise é como ter um GPS emocional. Ajuda a encontrar o melhor caminho para lidar com seus sentimentos, atos falhos e desafios. Quem não precisa de um bom papo para colocar a cabeça no lugar?
- Criar uma rede de apoio: Amigos no trabalho são fundamentais. Nada de ficar triste pelos cantos. Um cafezinho para desabafar ou um batepapo na hora do almoço pode resolver mais que uma reunião inteira.
- Definir limites: Desconectar do trabalho é essencial. Nada de meios corporativos depois do expediente. Um passeio no parque ou uma série para relaxar são boas opções.
- Comunicar abertamente: Fale sobre suas dificuldades. Se você está sobrecarregado, converse com seu chefe ou gerente. Eles podem ajudar a redistribuir as tarefas.
Uma análise mais detalhada dos dados da pesquisa revela variações significativas entre diferentes faixas etárias. Enquanto a geração Z, composta por jovens entre 18 e 29 anos, apresenta uma taxa de satisfação de 35%, os baby boomers ou geração com 61 anos ou mais, lideram com 47% de satisfação.
O estudo também aponta as prioridades distintas entre as gerações. Os millennials (30 a 40 anos) priorizam o reconhecimento no trabalho e um plano de carreira estruturado. Em contraste, a geração Z valoriza a flexibilidade e um propósito claro em suas atividades profissionais. Já os baby boomers enfatizam a importância de equilibrar vida pessoal e profissional, além de valorizar benefícios adicionais.
Outro ponto importante revelado pelo estudo é a necessidade de as empresas adotarem estratégias mais eficazes de comunicação e engajamento com seus colaboradores. De acordo com a especialista, é importante que empresas e encarregados tenham uma comunicação transparente.
"Ninguém gosta de trabalhar em uma empresa onde tudo é segredo, onde nada pode ser falado para ninguém. A transparência é essencial. Manter os funcionários informados sobre as mudanças evita a sensação de 'O que está acontecendo aqui?'", explica Kelly Santos.
- Da redação
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