O aumento da umidade e do acúmulo de água no período chuvoso favorece a proliferação de pragas urbanas como baratas, ratos e mosquitos, responsáveis pela transmissão de doenças graves. Infectologistas e profissionais de dedetização alertam para os riscos à saúde e destacam a importância de medidas preventivas, como dedetização e controle ambiental.
De acordo com o infectologista Manoel Palácios, as condições climáticas dessa época do ano facilitam a disseminação de doenças. “Baratas podem causar diarreias e hepatite A ao contaminarem alimentos e utensílios. Mosquitos como o Aedes aegypti encontram mais criadouros, ampliando os riscos de dengue, chikungunya e zika. Já ratos são vetores da leptospirose, transmitida pelo contato com urina de roedores em água ou solo contaminados”, explica.
Entre as principais doenças causadas por pragas urbanas estão as gastrointestinais, como diarreias infecciosas e hepatite A, além da leptospirose e arboviroses como dengue. Os sintomas incluem febre, dores musculares, vômitos, manchas na pele e, em casos graves, olhos e pele amarelados, insuficiência renal ou hemorragias.
Manoel Palácios orienta que ao perceber sinais de infecção, como febre persistente, é essencial procurar atendimento médico e evitar automedicação. “Anti-inflamatórios, por exemplo, podem agravar quadros como o da dengue. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações”, alerta.
Dedetização e prevenção
Glauber Correia, dedetizador profissional, ressalta que a dedetização deve ser feita de forma regular, idealmente a cada três meses, como medida preventiva. “Trata-se de uma proteção para o ambiente, eliminando pragas como baratas e formigas, que podem transmitir micro-organismos perigosos”, afirma.
Para garantir a segurança, a dedetização deve ser realizada por profissionais qualificados, com produtos aprovados pela Anvisa, complementa Palácios. Ele também sugere que a ação seja acompanhada de medidas como vedação de ralos, armazenamento adequado de alimentos e eliminação de lixo acumulado.
- Victor Santos
- Foto: Reprodução