O descarte irregular de resíduos contendo ossos e órgãos humanos em um bairro da região Norte de Anápolis, ocorrido na última segunda-feira (16), levou a Polícia Científica do Estado de Goiás a emitir um posicionamento oficial sobre o caso. O material encontrado incluía registros de Serviços de Verificação de Óbito (SVOs) de diversos municípios goianos e também de um laboratório particular de Anatomia Patológica, cujo nome não foi divulgado.
Segundo a Polícia Científica, o laboratório é supostamente gerido por um médico vinculado ao SVO de Anápolis e presta serviços a vários SVOs do estado. Em nota, a corporação esclareceu que o descarte não envolvia vestígios biológicos que estivessem sob custódia da Polícia Científica, reforçando que os materiais encontrados foram originalmente destinados aos SVOs por meio de convênios e devidamente utilizados nos serviços.
Em imagens gravadas por populares, foi possível identificar resíduos de mama, ossos, órgãos e até mesmo cérebro (Foto: Reprodução)
Apesar disso, a corporação reconheceu a gravidade do ocorrido e informou que irá revisar os procedimentos relacionados à destinação desses materiais. Entre os resíduos analisados, identificaram-se restos humanos provenientes dos SVOs de Uruaçu, Ceres, Caldas Novas e Anápolis, todos aparentemente atendidos pelo mesmo laboratório particular envolvido no caso.
A Polícia Científica destacou o trabalho proativo das equipes da 10ª Coordenação Regional de Polícia Técnico-Científica (10ª CRPTC-Anápolis), que atuaram em conjunto com a 4ª Delegacia Distrital de Polícia (4ª DDP) de Anápolis para apurar a materialidade e autoria do fato.
Na nota, a corporação reiterou ainda seu compromisso com a cadeia de custódia e com a realização de investigações rigorosas para esclarecer o caso, reforçando a confiança no trabalho das equipes envolvidas.
A investigação segue em andamento para identificar eventuais irregularidades na destinação dos resíduos e responsabilidades pelo descarte inadequado.
- Victor Santos
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