O ano de 2024 foi oficialmente registrado como o mais quente da história da humanidade, de acordo com o Observatório Copernicus, ligado à União Europeia. Todos os dias do ano apresentaram médias de temperaturas superiores às registradas nas últimas três décadas para as mesmas datas. A Terra encerrou o ano com uma anomalia térmica de 0,72ºC acima da média computada entre 1991 e 2020, com o pico sendo observado em 9 de fevereiro, quando a temperatura média global ficou 1,07ºC acima do esperado.
Embora ainda faltem os dados finais para os últimos dias de dezembro, os cientistas confirmam que 2024 superará 2023, que anteriormente detinha o recorde como o ano mais quente. A previsão já havia sido feita no início do ano, com base em tendências climáticas e eventos extremos observados ao longo do período.
No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também constatou que 2024 foi o ano mais quente desde o início da série histórica, em 1961. A temperatura média no país foi de 25,02ºC, superando a média mundial e refletindo um desvio de 0,79ºC acima da média nacional entre 1991 e 2020. O Ministério da Agricultura e Pecuária destacou em comunicado a relação entre o aquecimento global e mudanças climáticas locais como fatores que influenciam o aumento das temperaturas.
Apesar das preocupações levantadas pelos dados, especialistas alertam que a situação ainda pode ser revertida. No entanto, enfatizam a necessidade urgente de cumprimento de metas ambientais globais e regionais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e evitar cenários ainda mais extremos no futuro.
- Victor Santos
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