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Segundo MPGO o grupo investigado por fraude em Anápolis já recebeu mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por municípios do Estado entre 2015 e 2022
Anápolis
Publicado em 07/12/2022

O Ministério Público de Goiás (MPGO) através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã desta quarta-feira (7) a segunda fase da Operação “Limpeza Geral”. A operação trata sobre uma organização criminosa envolvida em fraudes a licitações, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes, ocorridos em dezenas de municípios do Estado de Goiás.

De acordo com o MPGO, o objetivo é cumprir 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao grupo, que recebeu, entre 2015 e 2022 mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por municípios do Estado.

As prisões e buscas e apreensões estão sendo cumpridas em mais de dez municípios em Goiás e a capital do Tocantins.

 

Veja os municípios envolvidos:

  • Anápolis
  • Goiânia
  • Aparecida de Goiânia
  • Nerópolis
  • Leopoldo de Bulhões
  • Campo Limpo de Goiás
  • Silvânia
  • Pirenópolis
  • Luziânia
  • Iporá
  • Rubiataba
  • Araguapaz
  • Uruaçu
  • Campos Verdes
  • Crixás
  • Palmas (TO)

 

Além disso, a juíza titular da Vara Especializada, Placidina Pires, determinou o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$172.103.335,03 em relação a 26 investigados e 21 empresas.


Grupo instituía empresas de fachada para simular concorrências

O grupo criminoso criou diversas empresas em nomes de “laranjas”, nas quais eram utilizadas para simular concorrências em licitações. No entanto, até o momento foram identificados indícios de fraude em pelo menos 34 municípios goianos.

Além das fraudes dos certames, há indícios de que os membros da organização criminosa, inclusive com envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação direta, ou seja sem licitação das empresas, para viabilizar desvios de recursos públicos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.

De acordo com o MPGO, essas empresas, mesmo sem estrutura, possuíam um vasto rol de atividades em seus contratos sociais, o que possibilitava a sua utilização em contratações públicas envolvendo diversos objetos: locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, fornecimento de mão de obra, serviços de limpeza, locação de veículos, e até materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da COVID-19, entre outros.

Na operação participam 30 promotores de Justiça, 23 delegados de Polícia, 65 agentes policiais e 100 policiais militares, além de servidores do MPGO e integrantes da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros de Goiás.

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