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Brasil se aproxima da meta de vacinação contra o HPV, mas desafios persistem
Saúde
Publicado em 07/12/2024

O Brasil está próximo de alcançar a meta de vacinação contra o HPV, vírus que é a principal causa do câncer de colo de útero. Dados recentes do Ministério da Saúde revelam avanços significativos: em 2023, quase 85% do público-alvo foi vacinado, com uma cobertura que ultrapassa 96% entre adolescentes de 14 anos. Entretanto, menos de 69% das crianças de 9 anos foram imunizadas, sinalizando a necessidade de esforços concentrados para aumentar a adesão entre os mais jovens.

 

Desafios e estratégias

Desde 2014, a vacinação contra o HPV no Brasil enfrenta desafios, especialmente na imunização de meninos. A diferença de 24,2 pontos percentuais entre meninos e meninas vacinados é um obstáculo na luta para atingir a meta de 90% de cobertura entre crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. A ampliação das campanhas nas escolas tem sido um passo importante para alcançar este objetivo. "É uma vacina contra o câncer, que vai salvar vidas. Precisamos garantir o acesso diferenciado", afirmou Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Além disso, o PNI anunciou uma busca ativa para vacinar cerca de 3 milhões de jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a dose. Estados como Rio de Janeiro, Acre e Distrito Federal apresentam as maiores porcentagens de jovens não imunizados. A desigualdade no acesso, especialmente em áreas de difícil acesso, como a região amazônica, também demanda soluções logísticas específicas.

 

Importância da vacina

Apesar de ter sido alvo de suspeitas de eventos adversos no passado, investigações comprovaram a segurança e a eficácia da vacina. Segundo Gatti, ela é crucial para prevenir não apenas o câncer de colo de útero, mas também outros tipos associados ao HPV, como cânceres de pênis, ânus, boca e garganta. "É uma vacina com tecnologia fantástica, eficaz, segura e agora aplicada em dose única, o que facilita a operação", ressaltou.

Para superar as barreiras, o Ministério da Saúde intensificará as campanhas de conscientização e os programas de vacinação em escolas. Segundo Gatti, a comunicação é essencial: "Precisamos dizer: 'é uma vacina contra o câncer'." A expectativa é que o esforço conjunto ajude a eliminar o câncer de colo de útero no Brasil, salvando milhares de vidas.

 

logo Agência Brasil

- Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

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